No domingo passado comemoraram-se os 58 anos da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A escola onde lecciono foi contactada pelo estabelecimento prisional da cidade para que envidasse os esforços necessários no sentido de promover junto da população prisional uma palestra que focasse a importância do cumprimento dos direitos humanos . Eu, na qualidade de professor de Geografia, e um outro colega que lecciona a disciplina de História, fomos informados pelo Conselho Executivo da nossa escola do pedido feito pela Directora do estabelecimento prisional e, logo de seguida, colocámo-nos à inteira disposição para dinamizar a tal palestra.
Hoje lá fomos à prisão da cidade e a experiência revelou-se bastante interessante. Diante de um público de quase trinta reclusos, a maioria deles já na casa dos cinquenta e tal anos, realizámos uma pequena palestra, através da apresentação de diapositivos em Power Point, sobre a evolução histórica dos direitos humanos e a forma como em muitos países do mundo ainda não são aceites e, muito menos, cumpridos. Muito se falou sobre uma situação que cada vez é mais comum na sociedade actual: só quando nos vemos privados de um direito é que lhe damos valor!!!
A Escola tem de se abrir cada vez mais à comunidade em que está inserida, pelo que é importante que este tipo de actividades se realizem. Neste particular, destaco as que dizem respeito às famílias dos alunos que frequentam a escola. É necessário que as famílias se envolvam na vida escolar dos filhos e uma forma de concretizar tal anseio talvez passe pela realização de palestras especialmente dirigidas aos pais e avós... Urge fomentar uma "escola de pais".
Quanto às famílias dos alunos, se não se puderem organizar palestras, pelo menos os directores de turma podem ir ao encontro de temas relacionados com a educação e que preocupem os pais, ou não? Tantas vezes as reuniões com pais se limitam a dar informações gerais e a distribuir as fichas de avaliação...
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