Quem é frequentador habitual deste blogue sabe o que penso acerca da necessidade de se criar no nosso País uma Ordem de Professores que se baseia nos princípios do rigor, da seriedade e da competência.
Leio no Diário Digital que a Associação Nacional dos Professores, organização sindical representativa de 12000 docentes, está reunida em congresso para debater diversas questões, sendo que uma delas diz respeito à possibilidade de se criar uma Ordem dos Professores.
Quem vem a este blogue também já sabe o que penso sobre os sindicatos que temos em Portugal: excessivamente corporativistas e, muitos deles (os maiores) dependentes de estruturas partidárias. Assim, fico satisfeito por haver quem no associativismo da área educativa haja quem pense que a criação de uma Ordem dos Professores, representativa de todos os docentes e com capacidade para regular e fiscalizar a nossa profissão, pode contribuir para melhorar o estado da Educação em Portugal.
Perguntam-me: e o que fazer com os sindicatos? Pois bem, poderiam continuar a existir como representando apenas aqueles que são seus associados, mas deixariam de ser os interlocutores com o Governo, dado que os efeitos desse diálogo(?) não tem, até hoje, dado resultados satisfatórios. Uma Ordem dos Professores teria a força de mais de 100.000 docentes responsáveis e dedicados ao seu ofício, visto que, muitos daqueles que, hoje, não servem devidamente o ensino deixariam esta profissão, tal seria a elevação do grau de exigência (para professores e alunos) que uma nova regulação da profissão docente acarretaria...