Aí está Setembro e o início de um novo ano lectivo. As listas finalmente foram publicadas (uma vez mais quase no final de Agosto) e a lotaria deu no que deu: alegria para alguns, tristeza para muitos e angústia para mais de vinte mil colegas que não conseguiram colocação...
Uma vez mais confirma-se que é urgente mudar por completo o processo de colocação de professores: os colegas QZP`s menos graduados continuam a sair beneficiados na fase de mobilidade interna em relação aos colegas QA`s mais graduados; continuam a processar-se colocações pelo mês de Setembro, quando já todas as escolas deveriam estar com os seus professores ao serviço e continua patente a confusão e burocratização das colocações ao nível de escola. Urge reformar por completo o processo de colocação de professores: uniformizar e simplificar, tendo como critério principal a graduação profissional...
No final do dia de publicitação das listas, o Facebook transformou-se no local de desabafo de muitos professores: uns contentes com o que lhes havia caído em sorte, outros (muitos) desiludidos. Para muitos (demasiados) à medida que os anos passam parecem mais distantes as hipóteses de ficarem mais próximo das suas áreas de residência. Só meu rol de colegas vi demasiados ficarem bem pior do que haviam estado nos últimos dois anos. E falo de colegas já vinculados ao MEC, na casa dos quarenta anos, que constituíram família e que têm filhos: uma colega de Trancoso que ficou agora colocada em Montalegre, outra de Tondela a ficar colocada em Leiria, um outro de São João da Madeira a ficar colocado em Vila Pouca de Aguiar. Todos eles estiveram nos últimos dois anos mais próximos de casa... Enfim, podia dar mais exemplos: professores com cerca de vinte anos de serviço e que, nesta fase dos concursos, continuam a não conseguir-se aproximar-se de casa. Porquê? Em parte porque concorrem na 2ª prioridade e são passados à frente pelos colegas QZP`s, muitos deles menos graduados... Mas, muitas outras injustiças existem neste obsoleto modelo de colocação de professores!!!
Pena é que daqui a duas semanas os sindicatos deixem de falar no assunto e apenas se volte a ouvir falar em concursos de professores daqui a um ano. Até lá, mais do mesmo...