Nuno Crato deu a conhecer, na passada semana, em conferência de imprensa que o MEC vai realizar, ainda este ano, um novo concurso de vinculação de contratados. Fê-lo em resultado das ameaças que recebeu de Bruxelas, dada a insistência, de há muitos anos a esta parte, do MEC proceder à contratação de alguns milhares de professores com horários anuais e completos, desrespeitando a lei em vigor que indica que ao fim de três anos de contratos anuais sucessivos se deve proceder à vinculação do trabalhador.
Pois bem, a primeira conclusão que se pode retirar desta medida tomada de forma quase coerciva é a de que, uma vez mais, e como diz o povo "a bota não bate com a perdigota". Então primeiro promove-se a rescisão amigável de contratos com professores (gastando milhões de euros em indemnizações) e depois vai-se vincular novos professores ao sistema? E ainda há outra contradição: então continuamos a ter centenas de professores em horário-zero, adivinhando-se o seu aumento nos próximos anos, dada a queda abrupta da natalidade e a política de contenção do MEC, e vão-se abrir novas vagas para vinculação? Qual a lógica disto tudo? Quanto a mim muito pouca...
Adivinham-se novas injustiças com o aumento de colegas afectos a um QZP, mas sem horário, que vão passar à frente de colegas com maior graduação vinculados a uma escola e que não vão conseguir aproximar-se das suas áreas de residência porque, uma vez mais, serão "ultrapassados" por todos aqueles colegas que estão afectos a um QZP.
Todos conhecemos casos de colegas que estão longe das suas casas e que, já com família constituída, são obrigados a estarem afastados, durante a semana, das suas famílias (muitos deles com filhos menores) porque há uns anos atrás arriscaram o vínculo a uma escola, na esperança de se aproximarem mais tarde ou de, pelo menos, conseguirem o destacamento por aproximação à residência (e também porque o MEC os incentivou a isso quando ameaçou que iria acabar com os QZP`s). Agora, longe de casa e das suas famílias, desesperam ao verem colegas menos graduados a passarem à sua frente nos concursos de mobilidade interna.
E os sindicatos? O que têm dito sobre estas injustiças? Pouco ou quase nada. Fala-se muito dos colegas contratados (e acho muito bem que se fale) mas dos colegas já vinculados a uma escola e que são ultrapassados na mobilidade interna por colegas menos graduados não se ouve nada.
Todos conhecemos casos de colegas que estão longe das suas casas e que, já com família constituída, são obrigados a estarem afastados, durante a semana, das suas famílias (muitos deles com filhos menores) porque há uns anos atrás arriscaram o vínculo a uma escola, na esperança de se aproximarem mais tarde ou de, pelo menos, conseguirem o destacamento por aproximação à residência (e também porque o MEC os incentivou a isso quando ameaçou que iria acabar com os QZP`s). Agora, longe de casa e das suas famílias, desesperam ao verem colegas menos graduados a passarem à sua frente nos concursos de mobilidade interna.
E os sindicatos? O que têm dito sobre estas injustiças? Pouco ou quase nada. Fala-se muito dos colegas contratados (e acho muito bem que se fale) mas dos colegas já vinculados a uma escola e que são ultrapassados na mobilidade interna por colegas menos graduados não se ouve nada.
Vejamos o que temos tido. Durante anos falou-se da inevitabilidade de redução do número de professores necessários ao sistema, mas continuou a verificar-se a contratação de colegas com horários completos e anuais. Clara contradição! Promoveram-se as rescisões amigáveis, mas continuam a subsistir centenas de colegas com horário-zero e, agora, abre-se um concurso extraordinário de vinculação de contratados sem que se realize um novo concurso interno? Não tem lógica, nem é justo!
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É injusto! E esta injustiça só poderia ser minimizada com a abertura de um novo concurso interno de professores ou então com a alteração das prioridades no concurso de mobilidade interna. Note-se que não sou contra a vinculação de colegas contratados (se, de facto, são necessários ao sistema devem ter o seu vínculo ao MEC). Discordo é da possibilidade destes colegas, por vincularem a um QZP, terem prioridade em relação aos colegas mais graduados na hora de se realizar o concurso de mobilidade interna...