sábado, 22 de abril de 2006

Visita de estudo a Lisboa...

A primeira semana de aulas do terceiro período começou da forma como é habitual: cerca de 10 minutos iniciais da aula com cada turma para explicar aos alunos mais desatentos que muito da nota final de ano já está decidida. Então este ano que apresenta um terceiro período de aulas tão curto não vale a pena fugir às evidências: alunos com nível negativo nos dois períodos anteriores dificilmente poderão recuperar, pelo que as preocupações serão redobradas para os alunos que num dos períodos anteriores tiveram negativa e que, assim, têm ainda possibilidade de passar a Geografia.
No entanto, esta primeira semana de aulas reservou-me também uma agradável visita de estudo de dois dias a Lisboa com duas turmas do 10º ano de escolaridade. Já há alguns anos que não participava numa visita de estudo de dois dias e as recordações não eram as melhores. Aliás, este foi o primeiro ano em que não dinamizei qualquer actividade deste género, não porque não tivesse vontade de o fazer, mas sobretudo porque o facto de ter oito turmas a meu cargo e estar em fase de elaboração da tese de mestrado serem actividades que me ocupam imenso tempo. Isto já para não falar do cansaço das viagens diárias entre Viseu e Lamego. Mas, a verdade é que a participação nesta visita de estudo deu para ver o trabalho enorme que dá dinamizar este tipo de actividade...
O facto de ser uma viagem a realizar com alunos do 10º ano deixou-me algo descansado, dado que, geralmente, os alunos desta faixa etária não perturbam tanto como os do básico. Como de facto... Em termos gerais, a visita de estudo decorreu de forma positiva, não tendo ocorrido problemas de maior. Na pousada da juventude onde passámos a noite (que por acaso fica a 100 metros da residência universitária onde estive durante 4 anos) nada de anormal ocorreu e durante as visitas que fizemos à zona de Belém, para além das paragens a Tomar e a Conímbriga, o interesse foi ponto de ordem. Enfim, tudo correu pelo melhor.
Apenas uma chamada de atenção. Pela nova lei, caso a visita de estudo se realizasse a partir de 17 de Maio todos os alunos teriam que ir com o cinto de segurança colocado. Ora, depois de assistir, mais uma vez, à forma como os alunos se dispõem inquietos no autocarro, concordo inteiramente com o teor desta nova lei; apenas tenho dúvidas de que a mesma venha a ser posta em prática, sobretudo no transporte escolar diário de crianças... É que as empresas de transporte rodoviário não parecem estar (ainda) preparadas, nem sensibilizadas para todos os pormenores desta nova legislação.
Já agora, desejo a todos os visitantes deste blogue um terceiro período de aulas cheio de sucesso...

4 comentários:

IsaMar disse...

Olá Pedro
Ainda esta semana falou-se muito sobre essa novidade...a nova lei dos tranportes .
Dizes e bem...não sei se as empresas estarão preparadas e tb haverá menos transportes.
Sucintamente...as visitas de estudo serão menores. É uma grande verdade.
Falo por mim...por onde já passei...havia sempre grandes dificuldades em realizarem-se viisitas de estudo e então com estas novidades....
Não digo que não estou de acordo com a nova lei..eu concordo inteiramente...mas o que irá acontecer..è as empresas disponibilizarem poucos transportes e o Estado irá pagar mais, terá mais despesas...e isso dúvido que queiram.
E nisto tudo quem sai penalizado são as crianças.

bom fim de semana e sucesso para o 3 periodo

M disse...

Igualmente.

Anónimo disse...

Há interesses económicos que vão impedir que essa medida se concretize. Basta dizer que está mexendo com empresas e se não for o estado a subsidiar a colocação de cintos elas não vão aderir.Acho que o estado não tem força suficiente para mexer com estes interesses porque eles não são como os professores que são muito dóceis e fáceis de vergar.Seria uma medida correcta e melhor segurança para os alunos, por isso sou a favor dela só que tenho dúvidas...Abraço

AnaCristina disse...

Para já, Obrigada!
Relativamente às visitas de estudo, dá um trabalhão organizá-las mas um gosto enorme transformá-las em realidade.
Confesso que, ao contrário de outros colegas, só começo a organizar as visitas a realizar no inicio do 2º período, apesar de previstas anteriormente no plano de actividades. Acontece que só depois do 1º período consigo, de facto, perceber como são os alunos e como se portarão num sítio qualquer...
Além disso, já tive chatices suficientes numa visita a Coimbra onde era acompanhante.