terça-feira, 29 de setembro de 2009

Para que vai servir o Ministério da Educação?

O PS ganhou com maioria relativa. Ou seja, o poder absoluto do PS, com a lógica prepotente do "quero, posso e mando" terminou, pelo que o mais provável é que durante esta legislatura tudo fique na mesma. O novo Ministro da Educação não vai mudar uma "palha" naquilo que a sua antecedente fez, seja nas alterações efectivadas no Estatuto da Carreira Docente, no Estatuto do Aluno, na Gestão das escolas ou tão simplesmente no aumento do facilitismo protagonizado pelas Novas Oportunidades, EFA`s, CEF`s e cursos profissionais. Sem concursos de professores nos próximos anos e com a continuação da mesma lógica de exames nacionais pouco rigorosos, fica a questão: para que serve o cargo de Ministro da Educação??? Para muito pouco ou quase nada.
Assim, sou da opinião que esta pasta ministerial deveria ficar de sabática? Se é para ficar tudo na mesma, não faz cá falta nenhum Ministro da Educação...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A herança de MLR

Maria de Lurdes Rodrigues está prestes a abandonar o cargo que a tornou na maior "inimiga" de uma classe profissional com mais de 100 mil trabalhadores. O que deixou ela, para além de uma enorme desilusão e angústia nos professores. Sejamos rigorosos:
De positivo, acabou com as escolas do 1º ciclo das aldeias, introduziu o Inglês no 1º ciclo e massificou o uso do computador pelos professores e alunos.
De negativo, destruiu a democraticidade da escola pública, impondo um novo regime de gestão e dividindo uma classe profissional entre titulares e não titulares. Fez de conta que melhorou as aulas de substituição dos alunos. Massificou, ainda mais, o facilitismo com um Estatuto do Aluno vergonhoso e alinhando por exames nacionais pouco sérios e rigorosos. Fez vista grossa ao problema da indisciplina e ignorou os programas curriculares das disciplinas, preferindo por manter tudo na mesma. Ou seja, onde deveria ter mexido, nada fez e onde deveria estar quieta, destruiu e estragou.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Um ano que se espera difícil...

Escola nova, vida nova!!! Esta parece ser a melhor forma de encarar a entrada numa nova escola, depois de quatro anos a leccionar no mesmo estabelecimento escolar. Novos colegas, novos alunos, novas rotinas, novos procedimentos... Claro que, nestes primeiros dias de trabalho burocrático (reuniões de departamento e de grupo, conselhos de turma, planificações, etc.) a única grande diferença que encontro para com os anos anteriores é o facto de ser Director de Turma, visto que já há cinco anos que não tinha este cargo.
Agora, o que me tem deixado mais "assustado" é o facto de ir ter muitos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE): em seis das oito turmas às quais lecciono Geografia, vou ter, pelo menos um aluno com NEE, quase todos casos bastante graves. A isto há que acrescentar o facto desta ser uma escola com um considerável número de alunos da Europa de Leste: só na minha Direcção de Turma vou ter dois alunos da Moldávia e uma do Uzbequistão. Enfim, os desafios que me esperam não serão pequenos, pelo que espero um ano de muito trabalho.
A todos os que agora iniciam um novo ano lectivo, votos de bom trabalho.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Início de mais um ano lectivo

1 de Setembro: dia de apresentação na nova escola e início de muito trabalho burocrático até ao arranque das actividades lectivas. Depois de um Agosto completamente dedicado à família é tempo de retomar a vida de professor e, inevitavelmente, abdicar de parte do tempo destinado à esposa e filhos. Infelizmente, a vida é mesmo assim: cada vez se "perde" mais tempo com o trabalho, em detrimento daquele que é passado com a família. E, com este Governo a vida de professor complicou-se, com menos tempo dedicado aos alunos e mais à papelada burocrática.
Felizmente que me aproximei de casa. Se nos últimos quatro anos estive a leccionar a 70 Kms de casa, sei que nos próximos quatro estarei bem mais perto: de Viseu a Oliveira de Frades (vila onde fiquei colocado por destacamento) é quase um "tirinho". Pelo contrário, a minha mulher ficou bem pior: de 5 minutos passa a estar a 40 minutos de casa. É esta a vida de muitos professores: alunos, encarregados de educação, colegas e viagens de carro!!! Tudo com prejuízos claros para os filhos.
Desejo a todos os que tiveram colocação um bom ano lectivo, na esperança de que daqui a um mês tenhamos alguém à frente do Ministério da Educação dotado de duas qualidades que faltaram nos últimos quatro ano e meio à tutela: diálogo e bom-senso!!!