terça-feira, 23 de junho de 2009

Exames vergonhosos!!!

Passou-se um ano e o mesmo voltou a repetir-se! Há uma ano atrás escrevi aqui um artigo sobre o facilitismo que tinha tomado conta dos exames nacionais. Agora surge a confirmação das intenções desta equipa ministerial: enveredar pela caminho do facilitismo, permitindo que os alunos concluam o mais depressa possível o ensino secundário, sem grande esforço. Aliás, a haver esforço, este será maior nas avaliações internas e não tanto nas externas.
Em relação à disciplina que lecciono, Geografia, posso confirmar que os testes que dou aos meus alunos no 8º e 9º anos têm questões com um grau de complexidade superior em relação às que aparecem no exame de Geografia do secundário. Eu peço aos meus alunos que expliquem e caracterizem fenómenos geográficos. O Ministério prefere dar quatro opções de resposta, esperando que os alunos acertem na opção mais óbvia. Num exame em que metade da cotação total é avaliada em questões de resposta múltipla, como defende o ME, não se fica a saber a verdade sobre os conhecimentos adquiridos pelos alunos ao longo do ano lectivo.
Deixo-vos com o excelente artigo do Director do Público. A ler aqui...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Um relatório da OCDE para a Sr.ª Ministra ler

Resposta do Ministério: "as recomendações da OCDE confirmam a centralidade e a premência das reformas introduzidas".
Isto só pode dar para rir!!! Então a OCDE afirma que os professores devem ser apoiados, recompensados e reconhecidos e a Ministra vem dizer que é isso que tem vindo a ser feito! Em que país vive a Ministra? A senhora não sabe que os professores se sentem mais que perseguidos e mal tratados por esta equipa ministerial???
Mas, a notícia do Público traz outras informações muito interessantes. Um exemplo: "É o comportamento dos estudantes que prejudica a aprendizagem". Ora, o que é que este Ministério fez para devolver às escolas portuguesas a disciplina e o rigor? Nada. Bem pelo contrário. Tem vindo a estragar os alunos, colocando no mesmo saco faltas justificadas e faltas injustificadas e impondo uma lógica de facilitismo que envergonha qualquer professor sério. Veja-se o que se passa com a (falta de) exigência das provas de aferição e dos exames nacionais...
PS - Podem ler aqui o sumário do relatório.