sábado, 31 de dezembro de 2011

Um 2012 cheio de mudanças na Educação...

Chega 2012 e a esperança de que as mudanças iniciadas em 2011 na Educação sejam para continuar numa perspetiva de defesa do rigor e da exigência no meio escolar, tanto para professores, como para alunos e encarregados de educação.

A pasta da Educação está, quanto a mim, bem entregue a Nuno Crato que, a pouco e pouco, tem vindo a imprimir neste setor um dinamismo reformista que visa colocar na gaveta o eduquês que imperou nas escolas nos últimos anos.

Votos de um 2012 cheio de concretizações positivas...

sábado, 17 de dezembro de 2011

A proposta de revisão curricular

Nuno Crato cumpriu mais uma das suas promessas. A proposta de revisão curricular apresentada pressupõe a defesa da promoção de disciplinas essenciais para a formação de indivíduos plenos de forma a que estes saibam ler e interpretar o mundo em que se inserem.

A Geografia foi uma das disciplinas que nesta revisão curricular aumentou a sua carga lectiva, o que contraria, por completo, os boatos que nos últimos meses tomaram conta da comunidade educativa.

Nuno Crato apenas foi de encontro ao que defendam e escreveu nos seus livros: a defesa de menos disciplinas, mas com mais horas para cada uma delas, evitando a dispersão curricular.

Fica aqui o registo das principais medidas anunciadas na proposta:

- continuidade do apoio ao estudo no 1.º ciclo, a par de outras actividades de enriquecimento curricular;

- garantia de uma aprendizagem mais consolidada da língua inglesa, mantendo-a como disciplina obrigatória ao longo de um mínimo de 5 anos;

- substituição da disciplina de Educação Visual e Tecnológica pelas disciplinas de Educação Visual e de Educação Tecnológica, no 2.º ciclo, cada uma com programa próprio e cada uma com um só professor;

- prestação de maior apoio ao aluno, através da oferta de apoio diário ao estudo no 2.º ciclo;

- antecipação da aprendizagem das tecnologias de informação e comunicação, garantindo aos alunos mais jovens uma utilização segura e adequada dos recursos digitais e proporcionando condições para um acesso universal à informação e comunicação;

- aposta no conhecimento estruturante, mantendo o reforço da Língua Portuguesa e da Matemática;

- eliminação do desdobramento em Ciências da Natureza, no 2.º ciclo, tendo em conta que a actividade experimental a este nível pode ser efectuada com toda a turma;

- aposta no conhecimento científico através do reforço de horas de ensino nas ciências experimentais no 3.º ciclo do Ensino Básico colmatando, neste nível de ensino, uma clara insuficiência de carga horária;

- alteração do modelo de desdobramento de aulas nas ciências experimentais do 3.º ciclo, através de uma alternância entre as disciplinas de Ciências Naturais e de Físico-Química;

- valorização do conhecimento social e humano, área essencial do currículo no 3.º ciclo, reforçando as horas de ensino nas disciplinas de história e de geografia;

- eliminação da disciplina de Formação Cívica nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no 10.º ano, mantendo a relevância dos seus conteúdos de modo transversal;

- manutenção do reforço da carga horária nas disciplinas bienais da formação específica, no Ensino Secundário, de Física e Química e Biologia e Geologia;

- actualização do leque de opções da formação específica, no Ensino Secundário, tendo em conta o prosseguimento de estudos e as necessidades do mercado de trabalho, criando disciplinas como, por exemplo, Programação informática;

- focalização da atenção do aluno no conhecimento fundamental, proporcionando uma melhor gestão do tempo de estudo, com a coordenação das disciplinas no 3.ciclo e a redução do número de disciplinas de opção anual no final do Ensino Secundário;

- liberdade para a escola na decisão da distribuição da carga horária ao longo dos ciclos e anos de escolaridade;

- maior rigor na avaliação, através, nomeadamente, da introdução de provas finais no 6.º ano e do estabelecimento de um regime de precedências entre o Ensino Básico e o Ensino Secundário.

Os contributos referentes a esta consulta pública poderão ser enviados, até dia 31 de Janeiro, para revisao.estrutura.curricular@mec.gov.pt