Para a maioria dos alunos portugueses hoje é o primeiro dia efectivo de aulas, com a apresentação mútua de professores, alunos e encarregados de educação. Depois de na quarta-feira a Ministra da Educação ter concedido uma entrevista ao DN, hoje foi a vez do Secretário de Estado Valter Lemos ter ido ao Fórum TSF responder às questões dos pais e professores.
Das duas "aparições" em público resulta uma conclusão óbvia: esta equipa ministerial está mais que firme nas acções que tem vindo a tomar e nada (ou quase nada) parece suficiente para que mudem de ideias!!!
Assumamos que, neste início de ano, tivemos situações que correram bem e outras que se têm revelado problemáticas.
Aspectos positivos: as actividades de enriquecimento curricular no 1º ciclo, apesar da confusão sentida em muitas escolas, por via da falta de espaço e de recursos; o encerramento de escolas do 1º ciclo com reduzido número de alunos, apesar de algumas situações continuarem a ser duvidosas; a aposta nos cursos profissionais e nos CEF.
Aspectos negativos: o excesso de carga horária para os alunos com a implementação das actividades de substituição na sala de aula (atenção que não estou a falar das aulas de substituição efectiva por um professor da mesma disciplina); a situação de instabilidade vivida com milhares de professores dos quadros com horário zero; a estratégia levada a cabo por sindicatos e tutela no conflito travado a propósito da reformulação do ECD (com os sindicatos a terem de levar com as consequências da sua própria falta de credibilidade que foram construindo ao longo de muitos anos e com um Ministério da Educação que avança agora com rebuçados "envenenados" relacionados com prémios e aumentos salariais).
Muitos outros aspectos poderiam ter sido aqui referenciados, mas penso que estes foram suficientes, na certeza de que este será um ano lectivo cheio de mudanças, umas positivas, outras negativas para professores, pais e alunos.
3 comentários:
Não concordo com o encerramento de nenhuma escola do 1º ciclo, Miguel, e explico-me: discordo totalmente que uma criança de 6 anos, mesmo que seja a única criança de uma escola, seja obrigada a levantar-se às 6h da manhã de modo a poder aprender a 30km de distância. Primeiro, é afastada da sua família logo desde muito jovem, é afastada da sua aldeia dsde muito jovem aprendendo assim que o sítio onde vive não presta para se viver e finalmente, existem professores do 1º ciclo suficientes no quadro para assegurar o funcionamento dessas escolas.
Para a rentabilização de recursos acho bem que se encerrem escolas mas que se intensifica a desertificação isso é um facto.
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