sábado, 10 de março de 2007

Educação Sexual: mais uma "tarefa" para a Escola...

Segundo proposta do grupo de trabalho liderado por Daniel Sampaio, cada escola dos 2º e 3º ciclos deverá incluir no seu Projecto Educativo uma componente direccionada para a Educação para a Saúde, onde os conteúdos relacionados com a sexualidade deverão ser obrigatoriamente tratados uma vez por mês, devendo esta ainda abranger as temáticas da alimentação, da violência escolar e do tabaco, álcool e drogas.
Mas, o que pretendo chamar a atenção com este apontamento não é o desprestígio a que chegou a função docente (cujas notícias recentes relacionadas com a violência escolar bem elucidam). Pretendo, sim, dar a minha opinião sobre o alcance da proposta apresentada por Daniel Sampaio. Convém, desde já, esclarecer os mais distraídos que nas disciplinas de Ciências Naturais, Geografia e Biologia já são tratadas questões relacionadas com a reprodução e a prevenção sexuais e que também em Formação Cívica e Área de Projecto se podem realizar trabalhos inerentes ao tema da Sexualidade. Depois, não acredito que seja a falta de informação prestada aos jovens a justificar as elevadas percentagens de gravidezes ocorridas na adolescência em Portugal.
E que tal abordarmos o problema pelo lado dos pais? É que não serão poucos os pais a precisarem de aconselhamento sobre como lidar com os seus filhos. Informação já existe e não é pouca. O problema está, muitas vezes, em casa e na incapacidade que muitos pais sentem em conseguirem educar, de forma conveniente, os seus filhos.

2 comentários:

Nan disse...

A seguir passará a fazer parte dos programas escolares ensinar os meninos a comer com garfo e faca e a não arrotar em público. Mais uns anos e os papás virão simplesmente levá-los à escola no dia em que forem desmamados e voltarão (se voltarem!) para os buscar quando fizerem os dezoito anos.

NP66 disse...

No 1.º Ciclo também já tratamos de assuntos relacionados com a Educação Sexual. Obviamente, a informação que lhes damos ainda não é muita... mas trabalhamos essencialmente os afectos e o respeito que deve reinar entre todos.
Mas estou contigo: são os pais (muitos deles) que precisam de informação e formação!