No seguimento do meu último artigo, tenho a dizer que, depois de leccionada parte da matéria da Demografia, os debates realizados nas minhas aulas com as turmas do 8º ano sobre os métodos contraceptivos, o planeamento familiar, a educação para a sexualidade e o aborto têm sido bastante proveitosos. No debate de hoje, os alunos envolveram-se com maior interesse na resposta à questão "Consideras a prática do aborto como mais um método contraceptivo colocado à disposição das mulheres"?
Fiquei satisfeito com a participação dos alunos, sobretudo no que toca a entenderem a importância de se utilizarem devidamente os métodos contraceptivos. Ao mesmo tempo, a turma foi da opinião de que o aborto não deve ser visto como mais um método de prevenção da gravidez, tendo muitos deles condenado a possibilidade de se efectuar a interrupção voluntária da gravidez até às 10 semanas, sem que para isso haja justificações de força maior.
Deixo aqui apenas duas das respostas escritas pelo punho de um aluno e de uma aluna da turma, respeitando, obviamente, o seu anonimato.
Pena é que haja o perigo de que muitos adolescentes, por não serem bem informados, nem esclarecidos, possam vir a pensar que, com o aborto livre até às 10 semanas de gravidez, a prevenção poderá ser facilmente "descartada". E, esse risco existe! Só quem não lida com adolescentes pode dizer o contrário...
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