Depois das aulas terem terminado há quem pense que começam as férias dos professores. Todos os anos, por estes dias, os meus vizinhos perguntam-me sempre se já estou de férias. Claro que a resposta que lhes dou é sempre a mesma: "férias só se for de alunos; há ainda muito trabalho, como reuniões de avaliação, reuniões de departamento, realização e correcção de exames de equivalência à frequência, coadjuvâncias, vigilâncias e correcção de exames nacionais, realização de inventários, análise de resultados, matrículas e muito mais trabalho burocrático". Enfim, a verdade é que muita gente pensa que acabando as aulas, o trabalho acaba para os professores. Para muitos certamente que diminui em muito, mas não é o meu caso. Até 28 de Julho há ainda muito para fazer...
Este foi para mim um ano lectivo particularmente trabalhoso. Para além de ter tido as oito turmas que me foram destinadas desde o início do ano lectivo, tive ainda a meu cargo, desde Outubro, uma turma de 11º ano (com seis horas semanais), por ter tido que substituir uma colega que ficou de baixa médica durante o resto do ano lectivo. Há ainda que acrescentar a isto uma Direcção de Turma...
Apesar de ter tido um ano cheio de trabalho (mais de 200 alunos de 4 níveis diferentes), os resultados finais foram globalmente positivos. Aqui ficam registados para memória futura:
- Nas duas turmas do 7º ano: 14% de níveis negativos
- Nas três turmas do 8º ano: 13% de níveis negativos
- Nas três turmas do 9º ano: 12% de níveis negativos
- Na turma do 11º ano: 5% de níveis negativos e uma média final de 12,7 valores
Penso que este foi dos anos em que menos alunos ficaram retidos. Nas 8 turmas do ensino básico que tive a meu cargo, num total de cerca de 180 alunos, apenas 16 não progrediram de ano, o que corresponde a uma taxa de sucesso de mais de 90%. Sinal de maior empenho dos alunos ou da falta de exigência que se instalou no ensino básico. Vou mais pela segunda opção...
Agora há ainda que esperar mais uns dias para saber os resultados dos alunos do 11º ano que foram fazer o exame nacional de Geografia A. Há sempre alguma expectativa para saber se a média que os alunos tiveram na nota interna se mantém nos exames. A ver vamos o que fazem estes 19 alunos que levam uma média interna (média conjunta do 10º e 11º ano) de 13,3 valores.
Entretanto, continua o trabalho de tudo o que tem que ver com os exames de equivalência à frequência do 9º ano e sobretudo o dos exames nacionais do ensino secundário.
Até breve
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