José Sócrates foi ao Debate Nacional sobre Educação (que de nacional teve muito pouco) afirmar que é contra a ideia de se avançar com uma nova reforma global da Educação, dizendo-se adepto daquilo a que ele próprio apelida de reformas "passo a passo". Ora, se tivermos em conta que Sócrates considera como "globalmente positivos" os resultados alcançados pelo sector da Educação nos últimos 20 anos, então não nos poderemos admirar com tal postura...
Como tenho uma ideia negativa sobre o rumo que a nossa Educação tem vindo a dar nas últimas duas décadas, sou obrigado a pensar de forma distinta do nosso Primeiro-Ministro. Por um lado, considero que a Escola tem sido cada vez mais um lugar de crescente facilitismo, com perda de responsabilidade e de firmeza por parte dos seus intervenientes. Por outro lado, continua-se a insistir na teoria de que a Escola tem de tratar de todos os males da sociedade, para além de continuarmos a termos um currículo nacional descontextualizado das realidades locais e demasiado extenso. Já em relação à forma como a classe docente tem vindo a ser desprestigiada e ignorada na forma de fazer a Educação nem vale a pena dizer nada...
Doutra forma, continuaremos a seguir pela estratégia do facilitismo e da redução do nível de exigência dos nossos alunos, formando futuros adultos com um elevado grau de iliteracia e pouco dados à cidadania e civismo...
3 comentários:
Mas olhe que a generalidade da Europa está tão mal como nós. Só se nota menos porque eles generalizaram o ensino muito mais cedo, portanto partiram para a bandalheira em melhor estado.
Infelizmente somos culpados de todos os males da sociedade...
Vamos muito mal...é verdade.
Facilitismo....e outros verbos poderiam caber nas estratégias do nosso sistema.
fica bem
Peço imensa desculpa por lhe chamar a atenção para tal coisa, mas «facilitismo» não é um verbo...
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