A Ministra da Educação veio recentemente afirmar que "«chumbar os alunos é a maneira mais fácil de resolver o problema da exigência do sistema educativo". A Ministra chegou a dizer que a "repetência não serve para aumentar o rigor e a exigência de trabalho com esses alunos", parecendo insinuar que a melhor solução para estes alunos é mesmo passarem de ano.
Pois bem, o que fazer com alunos que, pura e simplesmente não estudam, nem se esforçam? Dou um exemplo concreto! Nas mais recentes fichas de avaliação que estive a corrigir, surgiram-me uma série de respostas semelhantes à que aqui mostro. Fotografei a resposta ainda antes de a corrigir para verem até que ponto pode ir a ignorância de alunos que não sabem quanto é "2000-2400" ou "300-260". E o que dizer da operação "84:60". A culpa será do professor, como parece insinuar a Ministra da Educação? O professor ensina, volta a ensinar, exercita com os alunos, mantém um blogue para os apoiar, presta um ensino indvidualizado aos que mais necessitam e depois há alunos que, pura e simplesmente, demonstram que não estudam.
Pois bem, o que fazer com alunos que, pura e simplesmente não estudam, nem se esforçam? Dou um exemplo concreto! Nas mais recentes fichas de avaliação que estive a corrigir, surgiram-me uma série de respostas semelhantes à que aqui mostro. Fotografei a resposta ainda antes de a corrigir para verem até que ponto pode ir a ignorância de alunos que não sabem quanto é "2000-2400" ou "300-260". E o que dizer da operação "84:60". A culpa será do professor, como parece insinuar a Ministra da Educação? O professor ensina, volta a ensinar, exercita com os alunos, mantém um blogue para os apoiar, presta um ensino indvidualizado aos que mais necessitam e depois há alunos que, pura e simplesmente, demonstram que não estudam.
Está mais que visto que, com esta equipa ministerial, o facilitismo veio para ficar. Quem quiser que comungue dessa prática. Não contém comigo para isso!!!
2 comentários:
Se o problema fosse não saberem fazer contas, como se vê na imagem (e muitos não sabem mesmo), a ministra poderia investir na distribuição de calculadoras a todos os alunos e o problema ficava resolvido. Mas a verdadeira questão não é nem essa, nem tanto a de não estudarem (embora muitos não estudem). A maior questão é a da falta de hábito de pensar/raciocinar, o que leva muitos a nem adquirirem noções tão básicas como as da compreensão das operações ou a nem repararem nos resultados disparatados que escrevem. Infelizmente, há alunos já crescidinhos que, se lhes for pedido o peso de uma formiga e obtiverem 1 quilo, nem se dão conta do disparate (passe o exagero do exemplo).
Eu até penso que, na escolaridade obrigatória, não deveria fazer sentido reprovar. Mas, para isso, era preciso que não só os professores ensinassem, mas que as famílias e a sociedade educassem para o esforço de pensar e para o trabalho/estudo.
Ora aí é que está! A educação para pensar tem que começar em casa. Quando eu era miúda, os meus pais nunca, mas é que nunca mesmo, respondiam directamente a uma pergunta que fizesse. Devolviam-me sempre a pergunta: «O que é que tu achas?» e só a partir do que «eu achava» é que se acabava por chegar à resposta. E, por vezes, diziam-me, com toda a lealdade: «Não sei. Ainda ninguém sabe.» e acrescentavam «Se pensares bastante sobre isso e estudares muito, quem sabe se não serás tu a descobrir a resposta!?»
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