sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Breve reflexão sobre o ano que chega ao fim...

No sector da educação, o ano fica marcado por mudanças verificadas ao nível do currículo, da organização das escolas e das condições laborais dos professores, com objectivos essencialmente de ordem orçamental. Todos sabemos porquê. O Ministério da Educação é aquele que apresenta maior número de funcionários públicos e onde as despesas com o pessoal superam os 70% das despesas totais do Ministério. Foi o ano em que saíram mais professores para a aposentação e onde o número de contratados reduziu de forma substancial. Foi também o ano em que o número de docentes com horário zero aumentou consideravelmente. Enfim, foi o ano em que, também na educação, imperou a austeridade.
A nível pessoal, este voltou a ser um ano de muito trabalho, o que, nos dias de hoje e tal como está a classe docente é bom sinal. Com tantos colegas em horário zero ou horário lectivo incompleto (já para não falar daqueles que não obtiveram colocação) é positivo podermos dizer que tivemos um ano de muito trabalho. A grande satisfação surge quando vemos antigos alunos a chegarem à Faculdade e a sentirem saudades das aulas que tiveram quando foram nossos alunos. É sempre positivo quando vemos antigos alunos dizerem-nos que aprenderam muito connosco e que gostaram da nossa forma de ensinar, assente na preocupação de suscitar nos alunos a curiosidade geográfica... 
A Geografia é das poucas disciplinas onde os alunos são impelidos a interpretarem e, sobretudo, a pensarem e, até a poderem criticar. Muitos são os temas que possibilitam a troca de opiniões e o debate: a demografia, a economia, o ambiente, o desenvolvimento humano, entre muitos outros temas, foram alvo de debates interessantes em contexto de sala de aula. E, claro, ver os alunos com boas avaliações na disciplina que leccionamos é, como diz o povo, a cereja em cima do bolo! É bom saber que os alunos gostam de aprender Geografia, e que, efectivamente, aprendem. 
Em 2013, o mais provável é termos um ano dominado pelos concursos de colocação de professores, com todas as consequências daí resultantes, pois esperam-se mais agregações de escolas, mais cortes e, provavelmente, novas medidas ao nível da organização do serviço lectivo. Acredito que teremos um ano de forte contestação, sobretudo, a partir de Setembro.
A nível pessoal, se tiver um ano igual ao anterior (com uma escola e com alunos para dar aulas) já me dou por satisfeito. Se forem alunos interessados como os que tenho este ano lectivo, melhor ainda... 
Aproveito para desejar a todos um 2013 repleto de coragem para enfrentarmos as dificuldades que se avizinham...   

12 comentários:

Agnelo Figueiredo disse...

Votos de um bom ano.

Luísa disse...

Vamos ter um ano muito difícil e só espero que os concursos não tragam injustiças, nem surpresas desagradáveis como aquelas que vivemos no passado mês de Agosto.
A partir de Fevereiro só vamos ouvir falar nos concursos e seria bom que tudo decorresse de forma limpa.
Votos de um 2013 em grande, dentro do possível.

Anónimo disse...

Você não tem mais nada que fazer do que andar a chatear o pessoal no blogue do Paulo Guinote? Veja se vai dar uma curva.

Pedro disse...

Caro anónimo(?), penso que o blogue do Guinote está aberto a comentários que discordem do teor dos seus artigos.
Sendo assim, diga lá ao seu amigo que se não gosta de ler comentários a criticá-lo então que o escreva claramente no blogue. Quanto a si, se não gosta de ler comentários que não sejam de "bajulamento" ao autor, então tenha paciência...

Rui Ratão disse...

Pedro, és um pateta!

Este «post» é o ex. disso.

Anónimo disse...

Essa de que a Geografia é a melhor de todas as disciplinas só pode servir para fazer rir os que aqui vêm.
Já agora diga lá se a política deste Governo não afetou a qualidade do ensino em Portugal. Ou vai escrever outra vez que se pode fazer melhor com menos?
Outra coisa. Se fosse contratado teria escrito o mesmo que escreveu? Não me acredito.
Admita, nem que seja um pouco, que o único objetivo que norteia a política de Nuno Crato é a da diminuição da despesa, sobretudo à custa da diminuição do número de professores.

Anónimo disse...

Este tiro ao alvo é fabuloso:

"E, claro, ver os alunos com boas avaliações na disciplina que leccionamos é, como diz o povo, a cereja em cima do bolo!"

Ah ah!

Pedro disse...

Cada vez que comento no blogue do Guinote aparecem aparecem por aqui alguns dos seus seguidores com comentários que apenas revelam a sua personalidade. Ainda por cima, escondidos no disfarce do anonimato.
Ao penúltimo anónimo(?) e para não dizer que não respondo a questões inconvenientes, direi o seguinte:
- nunca escrevi que a Geografia é a melhor das disciplinas;
- a política deste Governo afectou os recursos disponíveis na Educação, nomeadamente os recursos humanos, mas isso não quer dizer que a qualidade tenha sido afectada. Depende do esforço de cada um de nós que está nas salas de aulas com os alunos;
- continuo a pensar que também na Educação é possível ter-se menos e não fazer pior ou até melhorar os resultados escolares dos alunos (há outras variáveis, como uma boa organização e gestão dos recursos);
- é verdade que se fosse contratado, porventura diria outras coisas ou, pelo menos, mais coisas. Mas, já aqui defendi muitas vezes que ao nível dos concursos o importante é efectivar no concurso geral os colegas que estão em vagas correspondentes a necessidades permanentes.
- penso que os objectivos da política de Nuno Crato são reduzir os custos na Educação, sem diminuir a qualidade do ensino e aumentando a exigência em relação aos principais intervenientes (alunos e professores).
Como vê não costumo fugir a questões que me colocam, desde que sérias e construtivas...

Paulo disse...

Perspetivo um 2013 muito complicado e com muita contestação. E mão me admiro nada que voltemos aos tempos das greves às avaliações.
Votos de um bom ano.

Rui Ratão disse...

Ó rapaz, tu dizes umas patacoadas que, na essência, são a repetição da cassete do MEC: + com - e merdas do género.

Explica lá como que é um professor de português, por exemplo, pode fazer mais e melhor com mais horas em cima: 180 alunos = 180 testes, não sei quantos textos para ler e corrigir, fichas de gramática para elaborar e corrigir e por aí fora.

Tu és, basicamente, um pateta sem coerência no discurso.

Se um dia te visse bater à porta da minha empresa, dava uma cacetada e mandava-te para trás. Sabes porquê? Não tens espírito coletivo. Do que li, sobredimensionas-te e à tua ação enquanto professor e cultivas uma constante disputa entre velhos e novos.

Pedro disse...

Os umbiguistas andam por aqui e revelam a sua essência.
A este último respondo-lhe amanhã com um artigo sobre o assunto em questão, mas sem baixar ao seu nível rasteiro...

Anónimo disse...

Aí é que é Ruio Ratão, o indivíduo que detém este blog é isso tudo e muito mais, ou seja, como disseste e muito bem, «basicamente, um pateta sem coerência no discurso»