Como é habitual em todas as sextas-feiras, a minha turma do 10º ano desenvolveu ontem, na aula de Geografia, a habitual actividade de apresentação e discussão das principais notícias da semana.
Uma das quatro notícias discutidas relacionou-se, como não poderia deixar de ser, com o anúncio do Primeiro-Ministro de que no próximo ano lectivo as aulas de substituição deverão ser alargadas ao ensino secundário. O grupo que dinamizou a actividade apresentou em PowerPoint as opiniões veiculadas pelos diversos intervenientes no assunto: Governo, associações de pais, sindicatos de professores e alunos. Seguidamente, o debate foi lançado para a turma...
Ora, depois de nenhum aluno ter concordado com o actual sistema de aulas de substituição em vigor, foi realizada uma auscultação referendária aos alunos da turma para saber quantos concordavam e discordavam da realização de verdadeiras aulas de substituição, ou seja, com a substituição de um professor por outro da mesma área disciplinar, com vista à leccionação de matéria. Em 24 alunos, 18 são favoráveis a este tipo de substituições, mas todos discordam da forma como actualmente se desenvolvem estas aulas no ensino básico...
Fiquei satisfeito com o debate desenvolvido na turma, sobretudo porque aqueles alunos perceberam a diferença entre estar numa sala de aula para passar o tempo com actividades de entretenimento ou aproveitá-la para rever ou continuar a matéria da disciplina a que um dado professor faltou...
Dito isto, fica a questão: custará assim tanto à Ministra perceber que o sucesso escolar poderá, de facto, melhorar se o actual molde das aulas de substituição der lugar a verdadeiras substituições, com a leccionação de matéria, em vez de continuarmos com as actuais actividades de entretenimento???
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