Depois de em dois artigos anteriores me ter focado em propostas relativas ao currículo escolar, ao horário docente e à duração das aulas, vou agora debruçar-me sobre um dos temas que mais costuma dividir a classe docente: as remunerações.
A primeira ideia que devemos ter em conta é a de que a imagem que tem passado para a opinião pública é que professores fazem parte de uma classe profissional privilegiada e bem paga. Atente-se no gráfico que surgiu na penúltima edição da revista Visão. Qualquer leitor menos bem informado (que é o que existe mais) fica com a ideia que os professores são bem pagos em Portugal e que entre 2000 e 2010 tiveram um acréscimo salarial de 25%. Este tipo de informação é, como sabemos, totalmente errada, visto que não tem em conta a redução salarial sentida nos últimos dois anos e ignora, por completo, as enormes disparidades salariais de que enferma a nossa profissão. Sim, o que de mais injusto existe nas nossas remunerações centra-se na enorme desigualdade salarial que existe entre docentes...
A primeira ideia que devemos ter em conta é a de que a imagem que tem passado para a opinião pública é que professores fazem parte de uma classe profissional privilegiada e bem paga. Atente-se no gráfico que surgiu na penúltima edição da revista Visão. Qualquer leitor menos bem informado (que é o que existe mais) fica com a ideia que os professores são bem pagos em Portugal e que entre 2000 e 2010 tiveram um acréscimo salarial de 25%. Este tipo de informação é, como sabemos, totalmente errada, visto que não tem em conta a redução salarial sentida nos últimos dois anos e ignora, por completo, as enormes disparidades salariais de que enferma a nossa profissão. Sim, o que de mais injusto existe nas nossas remunerações centra-se na enorme desigualdade salarial que existe entre docentes...
De facto, o grande problema do regime remuneratório da classe docente actualmente em vigor é, quanto a mim, a sua extrema desigualdade e injustiça, dado que este se baseia, quase em exclusivo, na antiguidade, ou seja, no número de anos de serviço. Ora, já por várias vezes escrevi que, quanto a mim, os vencimentos na nossa profissão se deveriam basear muito mais nas funções exercidas e no mérito de cada um do que nos anos de serviço. Por isso, o salário base deveria ser igual para todos, visto que a tarefa é só uma: ensinar.
Nesta profissão podemos ter casos tão absurdos (apelido-os assim porque, para mim, são de uma incoerência total e não devem ter poucos) como o de ter dois colegas do mesmo grupo disciplinar a exercerem as mesmas funções (apenas lectivas, sem cargos adicionais como coordenador ou diretor de turma) e o que tem poucos anos de serviço, mas que, até podendo ter mais qualificações profissionais como um mestrado, tem mais turmas e mais alunos e, portanto, mais trabalho a ganhar quase menos 800 euros do que o seu colega de grupo disciplinar que, com menos trabalho, aufere muito mais apenas porque já leva 25 ou 30 anos de serviço. Isto, para mim, é de uma injustiça total! Os vencimentos dos professores deveriam ter muito mais em linha de conta as funções exercidas e as diferenças baseadas na antiguidade deveriam ser mínimas.
Para mim, quem ensina deveria ganhar o mesmo, quer tivesse 5 ou 30 anos de serviço. Em alternativa a esta hipótese e, supondo a lógica da antiguidade como factor diferenciador dos salários (o que considero menos justo) dou a conhecer um esboço sintético daquilo que poderia passar a existir:
- reduzir o número de escalões salariais a quatro, sendo que a diferença entre o primeiro e o último não deveria ir além dos 300 euros;
- o primeiro escalão poderia começar nos 1500 euros líquidos, ou seja, cerca de 2000 euros brutos (isto já contando com o fim dos subsídios de férias e de Natal), sendo que por cada subida de escalão haveria um aumento de 75 euros, originando um último escalão de 1800 euros líquidos, ou seja, cerca de 2300 brutos; este aumento salarial pouco substancial deve-se ao facto do aumento da idade já ser compensado pela redução da componente lectiva, pelo que, quanto a mim, não se justifica um acrescento salarial significativo apenas baseado na antiguidade;
Certamente que com estas alterações teríamos uma profissão remunerada de forma mais justa, reduzindo-se substancialmente as desigualdades actualmente em vigor ao nível dos vencimentos pagos na classe docente. Por outro lado, a aquisição de novas qualificações profissionais, como mestrado ou doutoramento, deveria também ser compensada através de um acrescento salarial. É muito mais justo do que estar a basear os salários com base na antiguidade, como se esta fosse uma condição "automática" para um melhor desempenho profissional.
Deste modo, e criando um novo regime remuneratório com base nestes princípios (ou noutros semelhantes) teríamos uma profissão, a nível geral, mais bem paga, visto que os que entram nesta profissão seriam pagos de forma mais justa (1500 euros limpos no início da carreira), enquanto que os que já estão perto do final da carreira e que leccionam muito menos horas que os seus colegas (e muitas vezes às melhores turmas visto que a distribuição de serviço é, muitas vezes, baseada na idade - outra injustiça) não teriam os salários tão inflacionados em relação aos seus colegas mais novos, como ocorre actualmente.
A este propósito volto a mostrar uma tabela que compara os salários dos professores em vários países europeus, tendo em conta os anos de serviço (baseado no estudo da OCDE "Education at a Glance") onde se nota que Portugal apresenta os vencimentos mais díspares entre docentes com 15 anos de serviço e docentes em final de carreira. Atente-se que há dois países (a Dinamarca e o Reino Unido) que não distinguem a nível salarial professores com 15 ou 35 anos de serviço!
A este propósito volto a mostrar uma tabela que compara os salários dos professores em vários países europeus, tendo em conta os anos de serviço (baseado no estudo da OCDE "Education at a Glance") onde se nota que Portugal apresenta os vencimentos mais díspares entre docentes com 15 anos de serviço e docentes em final de carreira. Atente-se que há dois países (a Dinamarca e o Reino Unido) que não distinguem a nível salarial professores com 15 ou 35 anos de serviço!
A mudança a nível salarial que proponho não poderia ter, certamente, efeitos retroactivos, dado que a nossa CRP não permite tal situação. Assim, os seus efeitos só seriam notados a médio ou longo prazo. Contudo, aqueles que dizem que é injusto que os que entram para a carreira de professor comecem a ganhar logo 1500 euros (como se isso fosse um salário extraordinário para um professor!) deviam lembrar-se que injusto é o que temos agora (salários díspares para funções iguais) e que a redução do número de professores que se avizinha devia ser compensada por um melhor salário, pelo que as despesas para o Orçamento de Estado com vencimentos até iriam diminuir...
23 comentários:
Tú és de facto um espectáculo!
Com que então o que está mal é haver colegas com ordenados altos que, que pelo que me dás a entender, deviam ganhar menos ou ser despedidos de forma a que tú comeces a ganhar mais porque o estado até poupa em vencimentos com os que vão para a rua!!???!
É isso?
Fica sabendo que falam em exames para seleccionar os ficam e os que saem, espero que tenham uma boa parte relativa à ética pessoal e profissional, para que gajos como tu possam levar com aquilo que defendem!
És uma pessoa(?) asquerosa, fútil e egoísta!
Cresce meu menino!
Cresce e aparece que hoje efabulas e nada dizes.
E põe-te a pau que professores de Geografia é o que mais há.
Mas alguém escreveu que os colegas mais velhos devem receber menos ou serem despedidos para que os mais novos recebam mais??? Não escrevi nada disso!
O primeiro anónimo(?), inventa e não gosta de ler até ao fim. Ou então lê e não compreende. OU não quer compreender...
O que eu defendo é um novo estatuto remuneratório dos professores onde a diferença entre o início e o final de carreira seja muito inferior ao que existe hoje. Até dei os exemplos do Reino Unido e da Dinamarca para fundamentar a minha opinião. É uma mera questão de justiça!
De resto, apenas vejo que há quem não respeite opiniões diferentes e prefira inventar.
Pedro, mais uma vez és direto naquilo que dizes. E tens razão. A diferença de salários entre professores é uma injustiça. Nunca percebi a razão de colegas que fazem o mesmo que nós ganharem quase o dobro.
Olha, não sei como é que tens tanta paciência para escrever o que escreves. Mas ainda fico mais admirada com a paciência que tens para responderes a gente que só sabe criticar e que ainda por cima se escondem por assinarem de forma anónima.
Continua a escrever da forma séria como o fazes e não te deixes abalar por aqueles que não sabem o que é respeitar opiniões diferentes.
Concordo contigo, Luísa. Infelizmente, muitos daqueles que têm mais 20 anos de serviço do que nós não pensam como nós (apesar de já terem tido a nossa idade!) e não percebem que, nos dias de hoje, a idade não é (como se pensava antigamente) sinónimo de melhor competência.
A culpa de haver salários tão diferentes para professores que fazem o mesmo é, sobretudo, dos sindicatos.
Os sindicatos sempre defenderam a ideia da antiguidade ser o principal factor para subir de escalão. E quanto mais escalões, maior a divisão entre os professores. Foi o que sempre quiseram os sucessivos governos e agora temos o mal-estar instalado na nossa profissão.
Como é possível termos colegas que fazem o mesmo com salários que chegam a ter uma diferença de quase 1000 euros. Basta ver o que ganha um contratado (nem que tenha 20 anos de serviço) e um colega do quadro com 35 anos de carreira. Um só tem mais 15 anos de serviço do que o outro e o primeiro ganha pouco mais de 1000 euros e o outro quase 2000 euros.
Em qualquer profissão acontece aquilo que o Pedro critica. Há medida que os anos passam progride-se na carreira e o salário aumenta.
A sua teoria é que não tem lógica nenhuma. Então um colega com 30 anos de serviço e que acumula muita experiência devia ganhar o mesmo de quem acaba de chegar à profissão? Só se for na sua cabeça.
Só alguém com pouco tino defende salários iguais para quem tem pouca ou muita experiência.
Desculpa lá, mas tu não és sério, tal como o governo não o é, porque apresentas dados absolutamente desatualizados. E isso NÃO é ser sério.
Eu trabalho há mais de 20 anos e recebo, mensalmente e em bruto, 1900 euros. Ora, isso multiplicado por 12 (ou até 13, se quiseres; ou 14, ou 15...) não dá o número do quadro.
Quanto ao mais, caga nisso e nessa tua obsessão novos vs. velhos, privado vs. público.
P.S. Estive a ler a tua argumentação para não ires à manif e tenho a dizer-te: estuda filosofia para poderes argumentar a sério e não caíres em falácias, ou confundires argumentos com preconceitos.
Caro Miguel Silva, penso que analisou mal o quadro que coloquei no artigo.
É que os dados presentes no quadro estão em dólares e dizem respeito ao ano 2009 (informação presente no canto inferior direito).
Portanto, quem não foi sério não fui eu. Foi o Miguel.
Basta fazer as contas. Tendo em conta o câmbio do dólar para o euro, os valores presentes no quadro para 2009 estão correctos.
Vejamos o seu caso. Recebe cerca de 1900 euros brutos por mês. Em 2009 recebeu 14 meses, o que dá cerca de 27000 euros, o que com o câmbio dá cerca de 37000 dólares. Não difere muito do que está no quadro.
Espero que agora esteja mais esclarecido.
Ah, já agora pode dar a sua opinião sobre o que se passa nos restantes países da OCDE. Seremos nós que estamos correctos, com tanta diferenciação salarial? Penso que não...
De resto, não tenho nenhuma obsessão. Apenas gosto de dar opiniões fundamentadas em dados concretos.
Volte sempre!
Boa noite Pedrinho, deixo-lhe o meu caso para lhe mostrar que a sua "visão", ou falta dela, sobre os salários dos professores portugueses está errada. Tenho 15 anos de serviço (iniciei funções no ano letivo 98/99), sou QA em São Pedro do Sul, 2º escalão, vencimento de 1709 euros brutos. Multiplique por 14, faça o câmbio e se tiver honestidade intelectual, retrate-se. Caso contrário, suba ao Castelo de Folgosinho e... mergulhe!
Ó palerma,
1.º) Eu não tenho 15 anos de serviço, tenho quase o dobro. Mesmo assim, o meu vencimento de 2009 era inferior ao que está no quadro.
2.º) São dados de 2009, pá. 2009! Qual a seriedade disto, quatro anos volvidos?
3.º) Não foste sério e no comentário continuaste a não o ser.
É só isso. Ao resto nem respondeste, pois não tens arcabouço e, ao contrário do que pensas, não sabes escrever nem argumentar / fundamentar.
Repito; argumento não é preconceito e «vice-versa».
Ricardo, não és bom em contas!
O dólar está a 74 cêntimos. Assim, em 2009 um professor com 15 anos de serviço estava, em condições normais, no 3º escalão. Assim, 1864 euros brutos a multiplicar por 14 meses dá cerca de 26100 euros, ou seja, mais de 35000 dólares, próximo do valor qu está na tabela. Portanto, quem é que tem de se retratar?
Já agora, deverias pronunciar-te sobre a (in)justiça do regime remuneratória que temos. Será justo que um contratado com 15 anos de serviço ganhe o que ganha? Será justo que a diferença salarial entre docentes que fazem o mesmo seja de 1000 euros? Acho que não. E há muitas mais injustiças com as quais os sindicatos sempre concordaram. Eu não...
Miguel, para além de educação, falta-te capacidade para saber interpretar opiniões diferentes. Se reparares bem no último parágrafo eu não digo que concordo que haja menos professores contratados no próximo concurso; digo sim que é o que me parece que vai acontecer. Infelizmente. Perspectivar não é o mesmo que concordar.
Quanto aos valores são os que aparecem no relatório da OCDE. O objectivo do quadro é saber o que se passa noutros países da OCDE. Claro que já houve mudanças, mas a base continua a mesma: uma desigualdade salarial enorme da qual discordo. Para alguém que tem tantos anos de serviço seria bom que respeitasses outras opiniões e soubesses debater...
o palerma do Miguel Silva será o primeiro a ir parar ao olho da rua se este governo avançar com as medidas que urge implementar.... a razia começa no topo, pois são esses que mais recebem e menos fazem.
Ele há cada bagulho: os números são mais ou menos, diz o Pedro.
Ou seja, fazes parte da malta do é igual ao litro.
Por outro lado, este gajo só pensa em dinheiro, dinheiro, dinheiro... Quer ganhar mais e que os do topo ganhem menos.
Por mim, ganhavam todos 500 euros e fechava-se a tasca.
O anónimo de cima é cá dos meus: RUA, badamecos pseudo-educadores! RUA, seus chulos! Viveis à minha custa! RUA!
Caro Pedro,
Este tema do Estatuto Remuneratório da Carreira Docente (e outros..tipo PSP...), é algo que eu também o mudava... é absurdo a existência de + de 10 escalões... com saltos que rondam os 500 euros.. enfim.
Deixem-me corrigir algumas pessoas, que apesar de referirem sempre o LIQUIDO, o que lhes é depositado na conta bancária, não esquecer que o restante também é vosso! Daí em bom da verdade, diga-se que o "último" escalão, o mais comum, 10º = 3091 Euros...
Parabéns pela frontalidade, apesar de não concordar com outros itens que refere.
Assistente Técnico
www.assistente-tecnico.blogspot.com
Pessoal, tenho 37 anos de serviço, comecei com 3mil escudos(15 euros), estou no 9 (antigo 10º) á 10 anos,sempre a perder poder de compra e agora entram professores novos e queriam ganhar tanto como um com 37 anos de serviço, isto é enquanto vossas Exª eram aumentadas os "velhos" diminuiam-lhe os ordenados...gosto dos vossos argumentos, a isso chamo INVEJA, não se lembram que já passamos por esses escaloes todos e que quando começamos a dar aulas algumas das sumidades que aqui mandam filetes ainda não eram nascidos...é revoltante ler os vossos argumentos cambada de INVEJOSOS...
Assistente Técnico
Diga se sabe de algum professor a nivel nacional que esteja no 10º escalão?
posso dizer-lhe NENHUM ...00000
o srº também é dos papalvos que é ou foi comido por eese rebuçado da bruxa da lurdinhas, por isso vá dar uma volta ao bilhar grande....
Anónimo disse... Segunda-feira, Fevereiro 25, 2013 11:49:00 PM
Vou ao Sr. Anónimo, acima referido, não deve saber registar-se, ou tem outros motivos válidos para escrever sobre anonimato...
Se reparar, quando mencionei o escalão, mencionei o valor... Efetivamente pelo Estatuto anterior, encontra-se correto, pelo atual não! Realmente o 10ª é de 3470 Euros +- , que ninguém está porque está tudo congelado. Se tivermos dinheiro para pagar estas atrucidades, meu caro, ainda vai conseguir lá chegar :)
Relembro que os trabalhadores ativos que ainda descontam para a CGA, (não é o meu caso) apenas equivalem a 19% das pensões pagas ...o resto é orçamento de estado!
http://www.gef.min-edu.pt/ARQUIVODOCUMENTAL/CIRCULARES_OFICIOS/2009ANO/repCIRCCONJ2009/OfCirConj_2_2009.pdf
Tecto nas Aposentações Já! 1.500 Euros chega bem para estarem em casa! O Estado (nós) não temos obrigação de manter esses luxos! Quem quiser, faz em Banco ou Seguro...
(escrito sem acordo, escusa de enviar farpa! Direito à liberdade..)
Você é piadético.
Nunca ganhou o ordenado mínimo, está visto. Esta gente da burguesia...
E deixe de implicar com o anónimo que ninguém sabe quem você é. É anónimo como os outros, ou ter um "Pedro" no nome e uma fotografia da Sé conferem-lhe identidade?
E o Miguel Silva foi tão educado consigo, como você é para a maior parte das pessoas.
Enquanto vamos lendo o seu blog damos com: defesa ao PSD, defesa ao ministro do PSD, contra a revolta popular, contra manifestações, a favor do PSD, contra o povo, apoiando o PSD...
Pedro, meninos e meninas que chegaram agora ao ensino:
Fazem o mesmo que os professores há muito na carreira? Não fazem não! Os professores há muito na carreira têm a experência que lhes falta. Ensinar não é debitar matéria e às vezes o que está no manual. Ensinar numa turma com alunos com conhecimentos diferentes pressupõe que o professor use pedagogias diferenciadas, que só são possíveis quando o docente sabe como e quando aplicá-las. Daqui a uns anos e se se empenharem até lá, para além de gastarem tempo e muito dinheiro, vão ver como fizeram tanta asneira! Eu sou professora de Geografia e esta é uma área do saber que tem mudado muito. Exige muitos conhecimentos de áreas diversas. Muito trabalho, muito empenho para que os alunos gostem da disciplina e se tornem cidadãos geograficamente ativos, independentemente dos cursos que seguirem.
Sejam felizes na vossa ignorância e lembrem-se do ditado "filho és pai serás, aquilo que fizerdes, assim acharás!". Tudo está a mudar, a carreira docente e as condições de trabalho e não digo, Pedro e Luísa, que as vossas brilhantes ideias não sejam postas em lei, com excepção dos 1500 euros iniciais. Essa não vai ser possível, porque os professores em final de carreira com os descontos, impostos e as taxas a que estão sujeitos pouco mais ganham que isso.
OH Pedro!
Como eu gosto do que tu escreves!! Pena que o sr Ministro não saiba ver estas diferenças e não reformule o seu discurso.
Cansada de tanta hipocrisia, concordo com tudo o que está exposto e haja alguém com coragem para divulgar estas situações, saliento uma vez mais que não são os anos de serviço que determina a competência para ser Professor que para não falar em vocação precisa ter além de conhecimentos técnicos referentes à disciplina que lecciona, ter conhecimentos gerais de pedagogia,deontologia, cidadania e muitos desses ditos professores nunca tiveram estágios pedagógicos no seu percurso académico. A experiência sem teoria/conhecimento de metodologias de ensino é o mesmo que nada pois acabam por praticar os mesmos erros e isso repercuta-se na forma como ensinam. A graduação devia começar pelo grau mais alto e sempre na área da Educação e não pelos anos de serviço que muitos nos anos 80-90 devido a massificação do ensino muitos foram para o ensino porque não tinham emprego nas suas profissões e outros apenas com cursos técnicos ou do liceu e 12ºano e profissionalizaram-se em serviço. Dou um pequeno exemplo uma professora com 25 anos de serviço (hoje) com apenas o 12º ano nos anos 90 foi para os Açores e depois de entrar no quadro pediu transferência para o Continente, professora(isenta de avaliação) de Francês que ainda hoje ensina os seus alunos o verbo ir (Aller)na 1ª pessoa do singular, imaginem escreve JE VAIS e pronuncia :JE VAS e não digo mais.
Enviar um comentário