sábado, 25 de maio de 2013

Mais uma injustiça nos critérios de colocação de docentes...

O Público avança hoje na sua edição que as vagas que irão surgir por via da aposentação de professores (recorde-se que há cerca de 6000 pedidos de aposentação à espera de resposta da CGA) irão ser atribuídas, prioritariamente, aos docentes do respectivo quadro de escola ou de agrupamento sem componente lectiva com com horário incompleto e, caso não existam colegas desse quadro de escola ou de agrupamento nessa situação, serão atribuídos a docentes vinculados a um QZP, independentemente da graduação destes...
Ou seja, mais uma vez iremos ter situações injustas (que todos os anos ocorrem e para as quais os sindicatos parecem não dar nenhuma importância) de colegas menos graduados a conseguirem ficar melhor colocados do que colegas com maior graduação.

- O professor A tem maior graduação do que o professor B.
- Ambos residem em Aveiro. 
- O professor A decidiu, há alguns anos atrás, concorrer para escolas localizadas até 70 Kms de casa. Deste modo, ficou colocado numa escola que dista 70 Kms da sua área de residência (Arouca). 
- O professor B, colocado no QZP de Aveiro, nunca concorreu para fora do concelho de Aveiro e, deste modo, continua vinculado a um QZP. 
- O professor A, mais graduado que o seu colega B, concorre agora para mais perto da sua área de residência, mas não consegue colocação e volta a ficar na mesma escola a 70 Kms de casa (mais de uma hora de viagem).
- Entretanto é libertada uma vaga numa escola da cidade de Aveiro, porque um professor recebeu a autorização da CGA para a sua aposentação.
- A vaga vai direitinha para o colega B, porque está vinculado ao antigo QZP de Aveiro, apesar do seu colega A, mais graduado, também pretender ir para uma escola de Aveiro.
- O professor A vai ficar mais quatro anos numa escola localizada a 70 Kms da sua área de residência e o professor B, menos graduado, mas que nunca concorreu para uma escola fora da cidade de Aveiro, consegue ficar colocado na vaga libertada pelo colega que se aposentou.

Continuo a defender que, de todos os critérios de colocação existentes, o menos injusto é o da graduação. Este continua a ser ignorado em muitas situações e, pelos visto, vai voltar a ser desprezado.
Vamos continuar a assistir situações de grande injustiça de colegas menos graduados a ficarem melhor colocados, em vagas que entretanto vão surgir, enquanto que professores mais graduados e que ficaram colocados, há uns anos atrás, longe de casa não vão, uma vez mais, conseguir aproximar-se das suas áreas de residência.
E os sindicatos? O que dizem? Pelos vistos, nada...

17 comentários:

Anónimo disse...

Os sindicatos só se interessam por greves, manifestações e barulho.
Nunca os ouvi dizer nada sobre o escândalo das vagas que são guardadas nas gavetas dos directores e que depois são ocupadas, de forma cirúrgica por colegas menos graduados.

bibónorte disse...

Caro anónimo
Se tem provas disso porque não denuncia à Inspecção?

José Pinto disse...

Viva. Cada vez está melhor. Como eu gosto deste Governo. Ó Pedro cada vez gosto mais deste PSD. São teus amigos pode ser que te ouçam.
A Graduação? Isso é para otários.
Inteligente é aquele que nunca concorreu para longe e agora vê a sua recompensa.
Deviam ser colocados todos os QZP nessas vagas. O pessoal dos destacamentos vão ficar todos para trás. he he he he
Apartir de agora vou falar bem deste MEC. Um beijão grande para o Crato.
Esqueci-me de dizer sou QZP.

Anónimo disse...

Infelizmente isso sempre aconteceu e os sindicatos nunca disseram nada.
E este ano vai ser a mesma coisa. Depois de saírem as listas de colocações que vão ser nenhumas, pois todos vão voltar às suas escolas de origem, vão aparecer mais horários que irão para quem é menos graduado e está em QZP.
Uma vergonha.

Anónimo disse...

"Nunca os ouvi dizer nada sobre o escândalo das vagas que são guardadas nas gavetas dos directores e que depois são ocupadas, de forma cirúrgica por colegas menos graduados." Diz alguém, assim só tenho que perguntar porque não denuncia à Inspecção? A mentalidade dos prof deve mudar e todos temos a obrigação de denunciar estes casos, é uam questão ética e cívica.

Ana disse...

O Pedro vem agora com a conversa das injustiças porque não é do QZP, porque se o fosse já não dizia que era injusto. Aí já elogiava o ME e já dizia que mais importante do que a graduação é assegurar lugar para todos os que estão colocados num QZP.

Anónimo disse...

Os QZPs ficariam colocados nos lugares do professor A. Teriam colocação na mesma, mas se o mais graduado se sujeitou a percorrer aquela distância agora seria a vez do professor B o fazer!

Luísa disse...

Excelente análise. E porque será que os sindicatos e outros blogs não falam do assunto?

Agnelo Figueiredo disse...

Caro Pedro

O seu texto não faz sentido.
Repare no que, na realidade, vai acontecer:

Um professor de uma escola aposenta-se;
Se naquela escola houver um professor do mesmo grupo sem serviço, é ele que fica com o horário;
Se não existir, a escola pede um professor ao MEC;
E é colocado o professor mais graduado que tenha concorrido para a dita escola.

É assim que funciona.
Não há "ultrapassagens".
Para melhor, leia o 132.

Cumprimentos

Pedro disse...

Caro Agnelo,
eu não vejo as coisas dessa forma...
Repare que caso a maioria dos 6000 pedidos de aposentação tenha provimento depois das actuais colocações (que será o mais certo!), o que iremos ter são vagas a serem ocupadas pelo colegas menos graduados (os que ficarão com horário zero) e por colegas afectos a um QZP. Ou seja, iremos ter colegas menos graduados a conseguirem ficar mais perto de casa do que colegas mais graduados que, actualmente, estão longe das suas casas e que, pela falta de vagas, não irão conseguir sair das escolas onde estão efectivos. Isto origina claras situações de "ultrapassagem"!
É o problema de agora termos um determinado número de vagas e de, mais tarde, surgirem mais vagas que irão ser ocupadas por colegas menos graduados.
Espero bem que não se confirme aquilo que penso que irá ocorrer por só depois da 1ª fase de colocações surgirem as vagas dos colegas entretanto aposentados...
Tudo isto poderia ter sido evitado se os pedidos de aposentação tivessem sido analisados antes das colocações.

LG disse...

Esta é a principal razão pela qual as reuniões sindicais, na minha escola, estão literalmente às moscas...há anos que isto acontece e nada fazem!!!!! Sou QE a 70 km de casa. Os meus colegas de curso que pouco estudavam e que são bem menos graduados estão agora em QZP. O prémio??? 4 anos às portas de casa e preparam-se orgulhosamente p mais 4...pois é, mérito é coisa para otários mesmo, sobretudo em Portugal. Fora o gorverno, fora os sindicatos.
Lista graduada já!!! Há que refundar a democracia!!!

MQZ disse...

Cara Ana!! Se um professor mais graduado for ocupar uma vaga mais perto da sua residência vaga um horário na sua escola que pode ser ocupado por um QZP menos graduado...como se sentiria se fosse ultrapassada administrativamente por um colega com média de curso de dez, tendo tido média de 15??????? Estamos fartos dessa tanga do emprego para todos!!! Estes concurso são um rol tal de injustiças que só uma classe completamente anestesiada não se levanta contra isto...e espero bem que, qd tiver tiver 30 anos de serviço seja ultrap+assada por um recém chegado ao sistema...p ter ideia de como nos sentimos!!!

Anónimo disse...

Vá lá! Escreveste alguma coisa de jeito. Aliás, ultimamente já andas a escrever bem melhor e já deixaste de andar a dizer que temos professores a mais.
Agora até já falas em fazer greve, sim senhor!

Agnelo Figueiredo disse...

Não tem razão, Pedro.
Sempre houve aposentações a meio do ano. É normal. Neste aspeto, neste ano não vai acontecer nada que não viesse a acontecer há muito tempo.
Parece-me que está a confundir "horário vago por aposentação" com "lugar do quadro".
Os aposentados não abrem lugares automaticamente. O que fazem é abrir horários, curtos se não forem do pré ou 1.º ciclo, que têm de ser ocupados por alguém.
Por quem?
Por quem esteja naquela escola sem serviço, ou por quem tenha concorrido para lá, seja QZP ou não.

Depois há uma máxima:
Quem não gosta da escola onde trabalha, seja pela distância, seja por outra coisa qualquer, deve concorrer todos anos para a(s) escola(s) que deseja.

Cumprimentos

Injustiçado disse...

Agnelo o que o Pedro diz tem lógica.
Se as aposentações tivessem sido concedidas no seu devido tempo teríamos mais horários postos a concurso e evitava-se que em Setembro colegas menos graduados conseguissem ir para escolas para as quais os colegas mais graduados concorreram mas não conseguiram ir porque as aposentações ainda não tinham sido concedidas. Isto foi incompetência do Ministério.
E por causa disto e doutras coisas em Setembro vamos ver colegas com menos graduação e com horário zero e ficarem contentes porque irão conseguir horários nas melhores escolas (muitas das cidades, onde há mais aposentações), enquanto que muitos dos colegas mais graduados irão continuar longe das suas casas.
Isto é injusto.

Agnelo Figueiredo disse...

Injustiçado

Se...

Anónimo disse...

Badamerda!

Graduação o tanas, todos sabemos que nesta profissão, ser bom no que se faz, ter currículo, ter resultados, conseguir sucesso para os alunos,... é tudo irrelevante!

Interessa é a graduação! Por enquanto, que com o rumo que isto leva, já nem isso interessa em função da cor política...

Pedrinho, vá esfregando as mãozinhas, pode ser que estes anos todos que andou a esfregar sapatos lhe valham qualquer coizinha!

Beijos e abraços