quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Colocações: uma questão de sorte???

As novas regras estabelecidas para as colocações de professores, aprovadas hoje em Conselho de Ministros, têm gerado, por parte da comunidade docente, em geral, um sentimento de angústia, muito por culpa, das consequências que o novo regime de concursos poderá ter para as famílias daqueles que são professores...
De facto, se parece incontestável a melhoria em termos de estabilidade do corpo docente das escolas que este novo regime de colocações propícia, já no que concerne à motivação dos professores as dúvidas crescem. Digo isto, porquê? Porque ter de ficar afecto a uma escola durante três ou quatro anos longe da área de residência acarreta problemas familiares que, muitas vezes, se repercutem na vida profissional.
Ora, a questão que se coloca é a seguinte: porque foram definidos três anos e não dois, cinco ou sete? A lógica dos ciclos de ensino não pode ser a resposta, dado que, não é certo que os professores sigam com as mesmas turmas ao longo de vários anos seguidos. Se essa for a resposta então o Ministério da Educação deveria legislar nesse sentido... Quem é professor sabe do que falo...
Assim, e apesar deste novo regime de colocações de docentes poder vir a beneficiar alguns professores, sou levado a defender que o mais consensual seria que, quem quisesse ficaria na escola que lhe caberia em sorte durante esses três anos, mas quem ficasse prejudicado poderia voltar a concorrer no ano seguinte... A forma de operacionalizar esta solução é que não seria fácil.

2 comentários:

saltapocinhas disse...

felizmente já me safei dessa dança dos concursos (ao fim de VINTE E QUATRO anos de serviço) mas à primeira vista parece-me injusto por ser obrigatório. Podiam antes voltar ao antigo sistema de "recondução" que não gera injustiças de for quebrado de 3 em 3 ou de 4 em 4 anos. E só ficaria na mesma escola quem o desejasse mesmo!

Anónimo disse...

Olá Pedro

Eu tb não concordo com as novas regras....haverá muito mais descontentes.

Não sei onde iremos parar com tantas confusoes...

Mas como dizes ...veremos!

fica bem e beijos para os Papás.